sábado, 8 de março de 2008

Feliz Dia da Mulher!

Maria

Maria menina, de quarto cor de rosa, com uns toques de azul, mas o rosa impera...

Maria menina que brinca de boneca e de casinha.

Maria menina que é caprichosa, que usa lacinhos e já se enfeita,

Maria mocinha, que menstrua e se pergunta: e agora, como será?

Maria mocinha que dá o primeiro beijo,

Maria e a primeira transa, será que vai doer?

Maria agora mulher, arranja o primeiro emprego, põe a primeira aliança, tem o primeiro filho, (nem sempre nesta ordem...)

Maria trabalhadeira, que dá duro lá fora, mas cá dentro não deixa por menos, arruma os armários, verifica a lista de compras, e pensa: mereço um vestido novo, mas o orçamento tá curto, o menor queria tanto uma bicicleta de Natal...

Maria mulher, agora madura, os filhos cresceram, a casa tá tão vazia...

Hora de repensar o casamento, ih, hora de pintar os cabelos, ah, uma grana para fazer uma plástica, dar uma recauchutada, naquilo que o tempo não teve piedade,

Maria mulher, ainda mais madura, quer voltar a estudar, não sabe bem o quê, e se o marido chiar?

Ouviu falar de uma tal de dança do ventre, agora está na moda, mas pensa: “EU? Balançando a cicatriz da cesariana, não acho que seja tão sedutor...”

Maria madura decide: hora de começar umas caminhadas, nós dois, juntos, assim já vamos conversando sobre os filhos, a geladeira nova, e também sobre nós... quem sabe voltamos a namorar?

Mas tem o casamento dos filhos, é um genro bom, é uma nora nem tanto - mas vá lá, se ele gosta dela...

Maria vovó, tempo de brincar com os netos, fazer bolinhos e biscoitos para eles, tal e qual sua vó, também Maria, lhe fazia...

Pentear os cachos da neta, não acredito que já é sua festa de 15 anos...

O casamento da neta, o nascimento do primeiro bisneto...

O vovô ao lado, a lhe dar o braço e a perguntar: anda Maria, vais demorar muito? Estou te esperando no carro...

Alguns percalços, algumas perdas, mas estiveram sempre juntos, umas horas mais, outras horas menos...

E assim as Marias seguem, cuidando da casa, da família e dos negócios. (também, por que não?)

Nessa eterna tentativa de ser feliz.

Que bom que não desistiram, senão o que seria de nós?

Sem a vó Maria, a mãe Maria, a filha Maria, a neta Maria, a tia Maria, a mana Maria, a amiga Maria...


condições da alma

Condições de alma

A alma não se satisfaz com pouco. Carece de estímulos para sentir-se alma. Uns precisam estar apaixonados, outros obcecados, outros ainda, precisam da alma gêmea para sentir-se seguros. Uns esquecem da alma e matam o corpo, outro esquecem do corpo e soltam a alma; para alguns, a alma é a razão, para outros emoção. Para alguns, a alma segue o destino, para outros, a alma é penada. Se para todos a alma encontra-se na essência do que chamamos EU, para mim, a alma é como o passarinho, que bica o telhado transparente, chamando a atenção de sete gatinhos, que não o podem alcançar, mas babam por um almoço diferente...

:P

(quem já veio aqui em casa sabe do que estou falando, huahuahuahuahua... os olhos deles quando o passarinho aparece... isso é, a alma é anima... animal... =D)

sexta-feira, 7 de março de 2008

postzinho

Amigas e amigos!
Mais uma semana está chegando ao fim e logo, outra inicia-se. Imagino que emoções rondam os castelos suntuosos de seus sonhos (copiando Gil...hehehe). Eu quero compartilhar que passei uma semana muito significativa, muitas emoções aconteceram, mas, o mais importante: eu consegui lidar bem com elas. No trabalho, as melancias vão se ajeitando, na casa, as coisas se organizando e na vida, tudo sendo meticulosamente refletido. Logo, minha semana foi e está sendo uma semana feliz. Mais tarde eu estarei com a Abóboda, minha coisinha fofa!!!!!!!

Aproveito para postar uma frase de caminhão:
"Quando a porta da felicidade se fecha, outra porta se abre. Porém às vezes estamos tão presos àquela porta fechada que não somos capazes de ver o novo caminho que se abriu."

A questão pra mim nem são as portas que se fecham e que se abrem. Todos os dias isso acontece, graças a Deus!

A questão é a relação dialética entre a maçaneta e minhas mãos... =D

terça-feira, 4 de março de 2008

I'm a lucky girl

Superar desafios. Vencer os medos.
Essa é uma parte importante da vida.
Ainda mais quando se tem pessoas que incentivam. E um tanto de motivação interna.

Ontem eu fui escalar, numa academia só para escalada esportiva. E foi fantástico! Venci meus medos, superei obstáculos, senti a adrenalina, e é lógico, valeu a pena! Se valeu...

Recomendo a todos vocês que experimentem esse esporte um dia. Eu experimentei-o juntamente com o Lê (um grande amigo especial), e me apaixonei, embora na época não tenha conseguido finalizar nenhuma etapa. Mas trabalhei duro por aqui nos últimos meses na academia, e ontem, senti o resultado do meu esforço, pois mandei 4 vias completas, e uma quinta pela metade. Melhor que isso, hoje estou inteiraça (o que é um grande feito pra uma garota que tem tendinite crônica nos dois braços).

E ontem, na academia, conheci um americano, cujo pai é Colombiano, que me perguntou de onde eu conheci o Ari (o amigo que me levou nessa academia), e eu respondi que o conheci randomicamente (na verdade o abordei na rua, quando vi que ele escalava hehe), e ele revidou com: "você é uma garota de muita sorte". Isso soou muito profundo pra mim, pois é óbvio que ele se referia ao fato do Ari ser um cara fantástico, mas isso me fez refletir como eu sou realmente uma garota de muita sorte, de tantas coisas boas que tem me acontecido. Enfim, isso é assunto pra outro tópico.

O que cabe dizer aqui para finalizar é que quando lutamos por um objetivo, e o alcançamos é realmente maravilhoso. Me sinto muito em paz comigo mesma no dia de hoje.

E aproveito para agradecer imensamente o Lê por ter me "apresentado" esse esporte viciante, e por ser a pessoa fabulosa que és. É de saber que pessoas como ele existem que eu acredito num mundo melhor, e sei que a vida é linda! (E Lê, me aguarde, que ainda vamos mandar umas vias juntos. =))

segunda-feira, 3 de março de 2008

Felicidade

Calvin: "Se você pudesse desejar qualquer coisa, o que seria?"
Haroldo: "
Um grande e ensolarado campo pra estar."
Calvin: "
Um estúpido campo? Você tem um agora! Pense grande! Riquezas! Poder! Imagine que você poderia ter qualquer coisa!!!"
Calvin: "
Na verdade, é muito difícil argumentar com alguém que parece tão feliz."

Como é bom se sentir feliz.
Fazia muito tempo que não me sentia assim, dessa felicidade de gostar de alguém e ser gostada.
Descobri que ainda sou capaz de muitas coisas que pensei que já não seria mais. Descobri que posso morar o resto da vida num iglu, e até pensar em ter alguns pinguinzinhos. Pensar em alguém e sentir o coração palpitar. Escutar mil vezes 'aquela' mesma música. Sentir, sentir e sentir tudo profundamente. Intensamente. Valorizar cada segundo ao lado de alguém. Respiração noturna. Sentir o cheiro no travesseiro. Abraço apertado. Tremer as pernas. Frio nas mãos e na espinha. Afago no cabelo. Mordida na orelha. Calor no coração. Compartilhar. Cada momento desses - tão mágico, tão simples e ao mesmo tempo tão complexo - é uma preciosidade. E aquele par de olhos verdes já está eternizado em mim.

Por isso, às vezes eu acredito em destino...

domingo, 2 de março de 2008

Auto-retrato

Nenhuma imagem me caracteriza melhor do que esta.

chegar e partir

Há todo um ritual nessas duas palavrinhas.

Chegar a um desconhecido e não saber o que esperar. Chegar onde foi depositado mundos de esperanças e fantasias. Chegar em casa, depois de uma temporada fora dela. Chegar num lugar indesejado. Chegar sozinho.

Partir em um final de férias. Partir de um lugar saturado de eventos bons ou ruins. Partir para nunca mais voltar. Partir desta para melhor. Partir em busca de sonhos.

O simples fato de estar presente em qualquer das situações, de braços abertos para os que chegam e com um abraço de "foi muito bom estar contigo" para os que vão, me deixa satisfeita por poder proporcionar o mínimo de aconchego às pessoas que por isso passam e por quem eu quero bem.