sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Da importância do cuidar.


Como cuidar é importante. Cuidar dos outros, da gente mesma. Essa semana fiquei doente. Bem doente. Uma gripe daquelas, dor no corpo todo, sem forças para nada. Moro sozinha, família longe, sabe como é... Não pensei duas vezes, vou ter que pedir ajuda. Liguei prá uma amiga, muito especial. Vai ser fácil vocês saberem quem é...
Ela veio, me cuidou, fez sopinha de capeleti, me aturou ranhenta, chata, gripada. E ainda conseguimos dar umas risadas. Rir cura, Cuidar cura, amar cura.
Obrigada, Aninha!
Já estou bem melhor.

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

direitos humanos

Ontem um carinha foi sequestrado. Como alguns outros são todos os dias. Os sequestradores mandaram o carinha pro banco de trás e ficaram dizendo: "mata esse desgraçado se ele ratiar!". O cara ficou na dele, sacou a arma e queimou os dois. Correto. Eu queimava também. E dava um bico em cada um, depois. E dava mais um tiro ou dois porque sujaram o carro e fizeram eu sujar minhas calças.
Daí o pessoal dos direitos humanos chega lá e mete o pau no carinha: "pobrezinhos! não tiveram nem chance!" Ah pára! Quem sabe eles só iam dar uma voltinha de carro, quem sabe era só uma carona.
Que viagem. As coisas estão periclitantes.
Pobrezinhos. Que bom que foram pra banha.
Hora dessas escrevo um raciocínio sobre isso. Talvez um argumento. hahaha. Agora só vou deixar aqui pra não me esquecer.

terça-feira, 6 de outubro de 2009

Portinho Alegre

Ontem abriram os portões do inferno. Os quatro cavaleiros passearam por Porto Alegre e foram embora. Uma pena. Queria que eles tivessem ficado mais.
34 graus às 15h da tarde. 20 às 17h. 14 de noite. Às 17h começou um vento, mas um vento que derrubou tudo aqui. Inclusive a antena que comunica com as outras antenas (parte crucial do meu trabalho, urrú). Às 17h11min faltou luz até na CEEE. Olhei pra todos os lados. Vi o começo do apocalipse e pensei: "putz, tenho algumas coisas pra fazer antes do fim". Peguei minhas coisas e fui-me embora. Comprei um suco, um chocolate e três pacotes de ruffles no zaffari. Me molhei afu na ida pra casa. Curti ainda assim. Tomar banho de chuva fazia parte dos planos pré-apocalipse.
Tinha compromissos e liguei dizendo: não tenho condições psicológicas de nada.
Liguei um filme, me enfiei debaixo das cobertas e até gostei do filme (Gran Torino, legalzinho. Assistam.).
Eis que lá pelas oito e pouco toca o telefone. Do outro lado era o meu chefe com o diretor do lado (meu outro chefe):
-Jean, a gente não consegue acessar o servidor!
-É que faltou luz e o no-break só aguenta uns 55 minutos.
-Tá mas como a gente vê aqui?
-Vê o quê?
-A coisa do monitoramento, ora.
-Cara, eu não preciso de computador pra te dizer: é o caos. Um vento medonho de 115 km/h arrebentou tudo e não tem luz. É o caos. Não vai ver. Vai ver amanhã só. E com sorte. Falou.
-Tá. Vou ver o que a gente faz aqui.
-Beleza. Boa sorte.
-Abraço.
-Outro. Até amanhã.

E eu percebi que antes do apocalipse eu ainda preciso fazer um mundaréu de coisa.
Mesmo.