Eu sei empunhá-los. Mas penso não saber usá-los.
Diariamente olho para as cores e me dá alegria.
Alegria da vida. Alegria do vivo.
Mas o vivo não me pertence, apenas paira ao meu lado, à minha espera:
Vamos, Dona! Faze alguma coisa com teu papel em branco!
Tu, e apenas tu, vais saber o significado das formas e das sensações!
Solta as amarras da crítica, desprende do teu medo, descobre tuas vontades, comete teus erros e belezas!
Tudo é belo, se quiseres.
De nada adianta esconder-te das pessoas porque elas são apenas paisagens.
De nada adianta esconder-te do tempo porque ele não te espera.
De nada adianta esconder-te do medo porque se não o encaras, ficarás toda a vida escondida.
Vai! Empunha a primeira cor e dá o primeiro risco!