quinta-feira, 19 de novembro de 2009

O vazio, o silêncio, uma imagem.



Estou sem palavras, em qualquer língua que seja.
Apenas essa imagem, de uma foto que tirei hoje, após o temporal.
É tudo o que tenho no momento.
Despeço-me.

terça-feira, 17 de novembro de 2009

O vazio, o silêncio, a viagem, a lingüística.

Pensando no lago e na pedra e no vazio e no silêncio viajei.

Pra quem ainda não sabe eu ando tendo aulas de mandarim novamente (ao invés de aprender inglês decentemente - que é útil - né Pati?). E me dei conta de que o aprendizado da língua é uma viagem.
O modo como as pessoas falam influencia no modo de vida. De novo todos aí podem ajudar porque eu sei que temos muitos poliglotas palavratorianos.

De quebra, convido a todos os blogueiros/associados/agregados/leitores para uma junçãozinha em algum bar/casa/pátio/matinho/campo/canto/rua/calçada/lugar para bebermos cerveja/chope/suquinho/águacomgásousem/whatever e jogarmos palavras/silêncios/cantos/canções/gritos/risadas fora ou um para o outro.

Voltando ao assunto secundário, olhem só:
Aqui no Brasil falamos em uma pá de tempos verbais: futuro do pretérito, futuro do presente, pretérito imperfeito, perfeito, mais-que-perfeito sem contar os presentes (vários tipos ahahaha). Cada tempo com um desejo de transmitir uma ideia diferente.

Em chinês (que não tem mudança em conjugações de verbos em nenhum tempo), pra falar em futuro, eu digo (tá, tradução literal e blablabla): "Eu quero comer". Isso, pra eles, significa que eu vou levantar e procurar um jeito de comer. Eu demorei a me dar conta disso.

Aqui eu digo: "eu quero comprar uma Ferrari"
Pode ser que seja só mais tarde ou amanhã ou nunca mais. Isso expressa só um desejo. Em chinês a "palavra auxiliar" para indicar futuro é "quero".

Só isso diferencia o modo de viver, eu acho.
Só isso faz com que nós, brasileiros, sejamos mais preguiçosos e menos dedicados que os chineses, de modo geral, na questão blasé way of life.

Em compensação, quando algo fora do normal acontece, tipo: "fudeu!" ou "shit happens" a versatilidade temporal lingüística impregnada no cérebro do brasileiro faz com que sejamos mais eficientes pra resolver a situação.

Além do que, tem todas as outras idéias, né.
Tal qual uma das que mais me espanta e alguns já ouviram por aí:
O vazio, pra nós, do ocidente, é uma coisa ruim. É a solidão, é o nada, é o vácuo, sei lá.
O vazio pras pessoas do oriente é uma coisa boa. É o momento que antecede o sucesso. Momento que tu usa pra pensar na resolução do problema, na superação do obstáculo. Concentração.

Como é que pode, né? Aprender uma língua, seja ela qual for, tem tantas questões pra se ver. Tão legal isso. A gente pode perceber muito e aprender mais da cultura do uso daquilo. Mal posso esperar pra aprender marciano. Deve ser ainda mais curioso. Ou sueco, afinal a língua sueca volta e meia aparece em meus sonhos... Que barbaridade.

blogs e livros

O pessoal.

Eu tava olhando nosso blog, parado, é verdade....
Mas acho que a gente tem texto aí pra escrever um livro né? Quem sabe no ano que vem a gente não faz um livro e na feira do Livro de POA a gente lança o livro do palavratórios????

Mas se ninguém escrever mais, vamos mudar o blog para PALAVRARMÁRIOS.. hehehehe...

Aproveito para dizer que no sábado, dia 28, vamos ter um momento de MPB aqui na paróquia, a partir das 17h. Cantores estão fazendo fila para se inscrever pra cantar. Depois a galera vem aqui em casa para comer algo. A gente dá a comida, vocês trazem a cachaça...

beijos e boa semana para todos. E o fim do ano tá chegando.