quinta-feira, 26 de novembro de 2009

mais uma sem muita coerência...

Ganhei um cd de um amigão. Na capa do disco dele o cara escreveu: "blablabla, abraço, blablabla, grande, blablabla, querido, amigo, blablabla, fulano". No final, depois da assinatura, escreveu "C.V." e me disse: "ó, pra tu que fala muito palavrão, taí!"
Daí eu perguntei qual era né. O cara me diz: "caraio véio"!. Tá. Afudê.
Não sei se existe alguma coisa que defina melhor o sentimento ou a medida ou a emoção ou seja o que for do que um palavrão com a boca cheia.
Tipo assim: eu digo, "bá! A casa da minha amiga Clarice é grande".
Vocês entendem: "Tá, uma casa normal." Não rola.
Agora: se eu digo: "A casa da Clarice é grande pra caralho!" daí vocês entendem que ela mora num castelo lá na zona sul. haha.
Ou se alguém, no trabalho diz: "bá, Jean, deu um problema aqui".
Eu digo: "então nem me chama ué."
Mas se alguém grita de lá: "Puta que pariu! Fudeu Tudo!" daí vale a pena ir ver.
Raiva, medo, angústia, surpresa, comprimento, largura, volume, tudo é muito mais preciso, separado, junto, compartimentado, sentido, adjetivado para melhor entendimento do ouvinte ou leitor.
Eu penso isso pelo menos. E olha que eu penso pra caralho. Principalmente com um puta caneco de chope na mão.


PS: no cd tá escrito: "para meu querido amigo Jean, grande baixo! C.V."
De passagem, devo dizer que o cd ficou muito lindo e que eu admiro esse cara por todas as (não muitas mas sempre eficientes) conversas, dicas, ensinamentos e discussões acerca da vida, do universo e tudo o mais e por todo o caráter e bom humor (melhor que o da maioria dos alemães) que sempre demonstra nos seus passeios por esse planeta.

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