sexta-feira, 30 de abril de 2010
Xynthia
Naquele dia o vento virava a esfera, o toque era de recolher e o mundo girava à parte.
Naquele dia as notícias eram tristes, as árvores se reverenciavam, as nuvens choravam.
Dia em que as cores eram belas, os cheiros intensos, a beleza exacerbada.
Dois corpos radiantes corriam do ponto mais alto daquele burgo, pelos campos gelados abaixo.
Na pintura do céu, ao dormir da mãe que nos aquece, a lua cheia espiava por entre as cinzentas formas soturnas celestiais.
O tempo parecia também ter congelado. Ele precisava congelar.
O tempo corria depressa. Ele não tinha como esperar.
O fogo aquecia. O amor aquecia.
E aquela grande esquizofrenia tornava tudo puro, livre e lindo.
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Um comentário:
Maravilhaaaaaa!
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